Há sete meses fora do ar desde que deixou a programação da Band, o humorístico “Pânico na TV” pode ganhar uma nova chance na emissora de Silvio Santos.
Nos últimos dias, Silvio Santos, dono do SBT, e Emílio Surita, co-proprietário da franquia “Pânico”, vêm mantendo conversas reservadas.
O dono do SBT já se mostrou interessado em ter a trupe que hoje está apenas no rádio (Jovem Pan FM), mas que já passou pela RedeTV e pela Band, entre 2003 e 2017.
De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, do portal “UOL”, Silvio já tem até uma faixa horária na cabeça, segundo ele ideal para a atração, conhecida por seu humor politicamente incorreto: por volta das 23h00 aos sábados.
Um empecilho, no entanto, está dificultando qualquer acordo definitivo:o dono do SBT não abre mão de que o contrato seja no modelo de “sociedade” –o mesmo que funciona hoje para Ratinho, Raul Gil, Otávio Mesquita e outros artistas da casa.
Por esse modelo, a TV e a produção do programa dividem todos os lucros com comerciais e merchandisings, mas também todos os custos de produção.
Isso é o que não agrada ao “Pânico”, que trabalha com uma produção muito grande e, na visão do empresário Emílio, precisa de uma verba semanal razoável –paga pela emissora– para .bancar quadros e externas.
Emílio e Tutinha (dono da Jovem Pan e também da marca Pânico) também não querem abrir mão de algo que lhes foi muito caro em outras emissoras.
Tanto na RedeTV como na Band, eles recebiam mensalmente uma espécie de “direitos autorais” como proprietários da marca.
O SBT paga esse tipo de direito a empresas donas de vários formatos de programas que são exibidos no SBT, como o “Bake Off Brasil” e o “Fábrica de Casamentos”, entre outros.
São formatos adquiridos de terceiros. Com o “Pânico”, obviamente, teria de ser assim também.
Caso Emílio Surita e Silvio Santos entrem em acordo, o “Pânico na TV” ou “Pânico no SBT” irá concorrer com o “Altas Horas” (Globo) e “Programa da Sabrina” (Record), pulando fora da forte concorrência aos domingos. A estreia deve ficar só para 2019.
SAÍDA DA BAND
A Band decretou o fim do “Pânico na Band” no final de 2017 devido ao baixo faturamento e à baixa audiência do humorístico.
Segundo relato de executivos da emissora, o “Pânico” era um programa muito caro e que, com o formato desgastado, estava perdendo anunciantes. Em 2017, o humorístico viu sua receita publicitária cair 35% em relação a 2016. Fechou o ano com um rombo de R$ 15 milhões aos cofres da Band.
A atração estreou em abril de 2012 com 11 pontos de audiência e saiu do ar em dezembro de 2017 registrando apenas 4 pontos na Grande São Paulo. Uma queda de mais de 60% nos índices.
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